terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

12/Jan. - A longa e chuvosa Carretera Austral

Após os acontecimentos noturnos, uma pergunta que até hoje não se cala é: O que de fato aconteceu? Será que nos sacanearam? pelo menos após a Mírian tanto falar nisto, até acho que é o mais provável, ou! seriam as pedras do final da ladeira antes da Villa Cerro Castillo? as emoções desta noite não serão esquecidas, como também não serão respondidas... rsss

Logo pela manhã como estávamos próximo de uma gomeria (borracheiro) e enquanto este não abria, o Christian decidiu trocar o filtro de ar, já que era uma adaptação e levaria algum tempo, mas o borracheiro demorou tanto para abrir que o Christian estressou e já foi trocando o pneu pelo estepe, após tudo pronto montamos no carro e fomos providenciar o reparo na próxima cidade: Coihaique, porem o borracheiro finalmente apareceu e até ficou nos olhando indo embora, ai que caiu a fixa! na região em que estávamos havia uma diferença de fuso horários de duas horas a menos... mas como estávamos com uma grande sensação de termos sidos sacaneado, fomos embora, mesmo correndo o risco de ficarmos pelo caminho.



Foi uma manhã linda e o dia assim se estendeu até mergulharmos mais a fundo na Carretera Austral. Em Coihaique após providenciarmos o reparo no pneu, alias os borracheiros quase se pegaram, já que o garoto prontamente se ofereceu para arrumar enquanto que o senhor do local não estava nenhum pouco interessado em ajudar. Como sabíamos que o trajeto seria rápido até a primeira cidade Argentina, Trevelin, aproveitamos para almoçar e gastar todo o peso chileno que tínhamos, ficando apenas com uma minúscula reserva, é... isto nos custaria caro até o final do dia.

  
Como planejado seguíamos literalmente a risca todo o percurso traçado, estávamos dentro do cronograma, o tempo estava bom, compramos bons presentes em Coihaique, agora era questão de tempo até chagarmos em Trevelin, uma única coisa que não contávamos era a Carretera Austral, e ela foi mais dura embora bela ao mesmo tempo com nós.

À medida que avançávamos o bom asfalto foi embora, o tempo fechou e o Parque Nacional Los Alerces mostrou toda a sua beleza e dificuldade! com pistas estreitas, sinuosas, curvas fechadíssimas e muita chuva fina por todo o percurso... só conseguimos andar 341km, mas pareceu o triplo, e como não estávamos com os freios em condições seguras, isto fez com que redobrássemos mais ainda a atenção e a força no pé, porem a media que avançávamos, ficava cada vez mais obvio que não alcançaríamos a cidade de Trevelin.



Debaixo de uma chuva fina que não parava, em estradas com vários desmoronamentos e penhascos muito próximos, inclusive cruzando com uma colisão frontal sem vítimas, só danos materiais... observamos que embora com um fuso horários de duas horas de diferença, tínhamos que chegar a cidade mais próxima já que estava escurecendo rápido, porem estávamos sem pesos chilenos e a primeira cidade que apareceu Puyuhuapi não aceitava cartão de crédito, com a noite chegando tínhamos que arriscar e seguimos o mais rápido para La Junta, como a anterior, a cidade também não dispunha de atendimento de cartão de crédito então tivemos que negociar e muito nossa estadia nas Cabañas Mi Ruca, com muito jogo de cintura finalmente fechamos nossa estaria $19.000,00 pesos chilenos e mais $100,00 pesos argentinos, ufa!!! já achávamos que passaríamos mais uma noite no carro.

Esta cabana foi sem duvida muito importante para nos restabelecermos, até lá nossa última cama confortável havia sido na hosteria de Calafate, há 4 dias atrás! literalmente descemos tudo do carro, com o pouco que tínhamos fizemos uma simples mas deliciosa refeição, tínhamos lareira, aproveitamos a máquina de lavar roupa, finalmente a internet funcionou para mandar contato, e após um bom banho quente, só queríamos descansar.

  


Rota do dia: (Chile) Villa Cerro Castillo, Coihaique, sentido á Puerto Aisen, Villa Mañiguales, Campo Grande, Villa Amengual, Puyuhuapi, La Junta... total rodado: 341km



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