segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

14/Jan. - Comemorando em San Carlos de Bariloche

Foi a manhã más fria que tivemos, o carro estava branco e a sensação térmica devia ser de menos de um grau, ligamos o carro e acionamos o ar quente ao máximo, após alguns minutos o frio foi embora e já nos sentíamos mais quentinhos, como não queríamos continuar ali parados, seguimos para San Carlos de Bariloche.

Por volta das 7h já estávamos na cidade a beira do lago Nahuel Huapi, saboreamos um bom café enquanto a cidade ia despertando, como não sabíamos onde nossos amigos estavam, seguimos para Secretária de Turismo para podermos aproveita o dia, já que não é toda vês que podemos comemorar um aniversário em Bariloche.

No caminho à secretária de turismo obtivemos contato com nossos amigos pelo rádio, após informações coletadas e uma pausa para fotos com os famosos cães São Bernardo, fomos atrás de uma hospedagem e da troca de óleo do Niva, enquanto aguardava ser atendido a Mírian saiu atrás de um hotel, neste meio tempo nossos amigos por rádio me encontrou, me deram os parabéns... alias já ia me esquecendo, nesta viagem além do Christian, mais duas pessoas fizeram aniversário, primeiramente a Stelinha em Torres del Paine e a Vera em Calafate. Após os parabéns, nossos amigos informaram que estariam antecipando o retorno para casa, nos despedimos, após partirem a Mírian retornou sem hotel e sem se despedir da turma do rally.


    
Como nossos amigos informaram que somente conseguiríamos hotéis mais baratos se saíssemos da cidade, seguimos contornando o lago em direção a Cerro Campanario, mal saímos do centro e já encontramos um bom lugar para ficar o Hotel Huemul a beira do lago, tendo quarto com vista para o lago, a duas quadras do centro e a um preço muito atrativo. Malas no quarto, banho tomado, só nos restava aproveitar e festejar em Bariloche.

















Almoçamos, demos uma volta pelo centro, compramos nossas entradas para o Cerro Otto e em quanto aguardávamos, pudemos novamente constatar que lor hermanos são calientes, é na praça o bicho pega! rsss


Na subida do teleferico para Cerro Otto, tivemos uma crise de risos, deve ter sido de nervoso já que era muito alto! mas valeu a pena, podemos apreciar algumas obrar de arte além de saborearmos um bom sorvete na Confiteria Giratoria de Cerro Otto com uma vista deslumbrante, e assim comemorei mais um ano ao lado do meu amor tendo ao nossos pés a fantástica cidade de San Carlos de Bariloche.   

    
    
  


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

13/Jan. - Rumo a Bariloche

  














Restabelecidos após um bom descanso, restava-nos apenas finalizar nossa jornada nesta linda região, mas antes de seguirmos viagem gostaria de falar um pouco sobre a Carretera Austral.


     
Sem dúvida nenhuma a Carretera Austral é um lugar único, embora seu trajeto seja uma obra do ditador General Augusto Pinochet, para todos que desejam conhecê-la, devem organizar apenas uma única expedição até ela, digo isto pelas milhares de atrações e lugares maravilhosos que se escondem atrás das inúmeras montanhas que cortamos, e não precisam se preocupar com acomodações já que ao longo de todo o trajeto existem diversas opções, mas para quem ainda não conhece esta bela região e aos que já foram, informo que a mesma corre grandes perigos em virtude da modernidade e crescimento da economia chilena. Uma grande área será alagada para a instalação de uma hidrelétrica, embora existam diversos protestos ao longo da região, conforme informações dos moradores, não será possível impedir sua instalação... sem duvida alguma, embora ainda não se tenha definido as regiões que serão alagadas, com a realização desta gigantesca construção a Carretera Austral nunca mais será a mesma.

 
Após finalmente vencermos a deslumbrante e cansativa Carretera Austral, passávamos pela ultima fronteira chilena Futaleufu, tanto do lado chileno como argentino, não fomos revistados e pela primeira vês ouvimos expressões que países irmão do mercosul tem livre acesso. Ao chegarmos a Trevelin, pela primeira vês saíamos do cronograma, após tanta montanha, rípio, caminhos sinuosos, queríamos mais é conforto e um bom asfalto, sendo assim não seguiríamos o trajeto que passaria por dentro do Parque Los Alerces do lado argentino, seguimos por fora, mesmo ficando um aperto por excluirmos de nosso passeio um local que seria como tantos, maravilhoso!

Embora o caminho até Bariloche não fosse longo e como não estávamos dispostos a procurar uma hospedagem a noite na cidade, decidimos procurar uma hospedagem em alguma cidade antes, após passarmos por El Hoyo, seria fácil encontrar uma acomodação na cidade de El Bolsón, porem não contávamos que na cidade de El Hoyo aconteceria uma gigantesca festa a Festa das Frutas que literalmente encheria todas as acomodações nas cidades ao seu redor, tentamos por diversas vezes encontrar um local, mas sem opções tivemos que seguir rumo a Bariloche, como já era tarde e após vários protestos da Mírian, paramos no acostamento e entre pinheiros na serra a 74km de distancia de Bariloche, passaríamos nossa ultima noite no carro e também a mais fria de toda a viagem.


Rota do dia: (Chile) La Junta, Villa Vanguardia, Villa Santa Lucia, Puerto Piedra, Puerto Ramirez, Futaleufu, (Argentina) Trevelin, Esquel, El Hoyo, El Bolson, na serra entre pinheiros... Total rodado: 397km


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

12/Jan. - A longa e chuvosa Carretera Austral

Após os acontecimentos noturnos, uma pergunta que até hoje não se cala é: O que de fato aconteceu? Será que nos sacanearam? pelo menos após a Mírian tanto falar nisto, até acho que é o mais provável, ou! seriam as pedras do final da ladeira antes da Villa Cerro Castillo? as emoções desta noite não serão esquecidas, como também não serão respondidas... rsss

Logo pela manhã como estávamos próximo de uma gomeria (borracheiro) e enquanto este não abria, o Christian decidiu trocar o filtro de ar, já que era uma adaptação e levaria algum tempo, mas o borracheiro demorou tanto para abrir que o Christian estressou e já foi trocando o pneu pelo estepe, após tudo pronto montamos no carro e fomos providenciar o reparo na próxima cidade: Coihaique, porem o borracheiro finalmente apareceu e até ficou nos olhando indo embora, ai que caiu a fixa! na região em que estávamos havia uma diferença de fuso horários de duas horas a menos... mas como estávamos com uma grande sensação de termos sidos sacaneado, fomos embora, mesmo correndo o risco de ficarmos pelo caminho.



Foi uma manhã linda e o dia assim se estendeu até mergulharmos mais a fundo na Carretera Austral. Em Coihaique após providenciarmos o reparo no pneu, alias os borracheiros quase se pegaram, já que o garoto prontamente se ofereceu para arrumar enquanto que o senhor do local não estava nenhum pouco interessado em ajudar. Como sabíamos que o trajeto seria rápido até a primeira cidade Argentina, Trevelin, aproveitamos para almoçar e gastar todo o peso chileno que tínhamos, ficando apenas com uma minúscula reserva, é... isto nos custaria caro até o final do dia.

  
Como planejado seguíamos literalmente a risca todo o percurso traçado, estávamos dentro do cronograma, o tempo estava bom, compramos bons presentes em Coihaique, agora era questão de tempo até chagarmos em Trevelin, uma única coisa que não contávamos era a Carretera Austral, e ela foi mais dura embora bela ao mesmo tempo com nós.

À medida que avançávamos o bom asfalto foi embora, o tempo fechou e o Parque Nacional Los Alerces mostrou toda a sua beleza e dificuldade! com pistas estreitas, sinuosas, curvas fechadíssimas e muita chuva fina por todo o percurso... só conseguimos andar 341km, mas pareceu o triplo, e como não estávamos com os freios em condições seguras, isto fez com que redobrássemos mais ainda a atenção e a força no pé, porem a media que avançávamos, ficava cada vez mais obvio que não alcançaríamos a cidade de Trevelin.



Debaixo de uma chuva fina que não parava, em estradas com vários desmoronamentos e penhascos muito próximos, inclusive cruzando com uma colisão frontal sem vítimas, só danos materiais... observamos que embora com um fuso horários de duas horas de diferença, tínhamos que chegar a cidade mais próxima já que estava escurecendo rápido, porem estávamos sem pesos chilenos e a primeira cidade que apareceu Puyuhuapi não aceitava cartão de crédito, com a noite chegando tínhamos que arriscar e seguimos o mais rápido para La Junta, como a anterior, a cidade também não dispunha de atendimento de cartão de crédito então tivemos que negociar e muito nossa estadia nas Cabañas Mi Ruca, com muito jogo de cintura finalmente fechamos nossa estaria $19.000,00 pesos chilenos e mais $100,00 pesos argentinos, ufa!!! já achávamos que passaríamos mais uma noite no carro.

Esta cabana foi sem duvida muito importante para nos restabelecermos, até lá nossa última cama confortável havia sido na hosteria de Calafate, há 4 dias atrás! literalmente descemos tudo do carro, com o pouco que tínhamos fizemos uma simples mas deliciosa refeição, tínhamos lareira, aproveitamos a máquina de lavar roupa, finalmente a internet funcionou para mandar contato, e após um bom banho quente, só queríamos descansar.

  


Rota do dia: (Chile) Villa Cerro Castillo, Coihaique, sentido á Puerto Aisen, Villa Mañiguales, Campo Grande, Villa Amengual, Puyuhuapi, La Junta... total rodado: 341km